sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O Senhor perto de sua casa, acendeu um cigarro e passou as mãos completamente ensopadas pelos seus negros cabelos.
Ao entrar no hall, pendurou o sobretudo e deixou na chapeleira o seu chapéu. De seguida, dirigiu-se a Amália. Amália era a criada de família. Tinha ido lá para casa juntamente com a sua mãe e o seu pai.
O Senhor desejava para o seu jantar uma simples sopa de legumes frescos. Era apreciador de bons pratos e de bons vinhos.
Naquela noite jantou sozinho. Raramente recebia visitas para almoçar ou jantar.
Amália almoçava e jantava, igualmente, sozinha. De vez em quando, recebia a visita de uma prima. Era, agora, a única família que lhe restava.
O Senhor muito se alegrava com a companhia que esta lhe fazia. Era com Amália que muitas vezes conversava e desabafava. Não eram conversas muito interessantes, como fazia questão de reconhecer, mas sempre serviam para exteriorizar tudo aquilo que sentia.
Eram tempos extremamente solitários, os que estava a atravessar.

Sem comentários:

Enviar um comentário