sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Almoçava sempre no restaurante de um velho conhecido e, a seguir, ia para sua casa. Permanecia no seu escritório durante cinco longas horas. Escrevia os seus contos juntamente com alguma poesia. Perto das vinte horas, jantava e aproveitava o serão para actualizar o seu diário. Antes de se deitar, fumava um último cigarro e saboreava um delicioso chá de tília.
Foi numa das suas muitas idas ao centro da cidade que encontrou um novo motivo para sorrir. Um dia, encontrava-se sentada numa das muitas esplanadas da praça central uma elegante Senhora. Coincidência das coincidências, era aquela a esplanada que o Senhor frequentava. Aproximou-se da mesa onde se encontrava a Senhora, pediu licença e sentou-se. Não era seu costume adoptar este tipo de atitudes, mas a Senhora despertara-lhe a atenção. Era muito simpática e aparentava uma beleza deslumbrante. Rapidamente simpatizou com esta.
A Senhora bebia uma meia de leite, acompanhada de uma torrada barrada com manteiga e compota de morango. O Senhor pediu um café e acendeu um cigarro. Permaneceram três longas horas a conversar. No decorrer da mesma, aperceberam-se do gosto por literatura e por bons vinhos. Dois dos muitos prazeres que descobriram ter em comum.

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