A Senhora tocou na campainha do antigo portão e logo apareceu uma senhora com os seus sessenta e cinco anos de idade. Recebeu-os e mandou-os entrar. Já dentro de casa, ela e o marido deram-lhes as boas-vindas e indicaram-lhes qual seria o seu quarto nos próximos dias.
Após deixarem as malas, desceram até ao varandim onde os esperava uma mesa recheada de iguarias regionais e uma vista absolutamente sublime.
Conversaram durante as duas horas antes do jantar. Falou-se sobre a extensa viagem, o imenso território chinês e a vida naquele local. O Senhor fez questão de frisar os episódios ocorridos no interior do autocarro, das duas galinhas e da sujidade dos três camponeses. O casal riu-se e a Senhora indignou-se. Voltou-se para o marido e questionou-o sobre o porquê de o terem feito. Este explicou-lhe que aquele tipo de situações, que tinham presenciado, eram absolutamente normais ocorrer no interior do país.
O casal referiu, ainda, que era costume durante a viagem de autocarro um dos pneus rebentar. As estradas encontravam-se num estado lastimável e existiam buracos por todo o lado. Para lá deste facto, o caminho era extremamente sinuoso e a perícia dos motoristas não era a melhor.
Depois de contadas todas as peripécias da longa viagem, falou-se da vida do casal naquele lugar e do enorme território que era o chinês. A conversa alongou-se pelo jantar e noite dentro. Os Senhores bebiam um simples uísque e fumavam ambos um agradável charuto havano. As Senhoras deliciavam-se com um requintado licor de canela.
Foi já muito perto das quatro da manhã locais que se foram deitar, não sem antes provarem um chá tradicional.
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